Emanuel Medeiros Vieira é escritor catarinense com várias premiações por livros de contos e de poesias. Mora em Brasília, planalto central e região de cerrado, que deu nome ao primeiro volume do seu livro de memórias “Cerrado Desterro”, seu 19º título. O livro tem despertado depoimentos tão emocionados quanto o seu conteúdo.
O depoimento de Flávio José Cardozo, escritor catarinense e tradutor de Jorge Luis Borges: "Cerrado Desterro’ comove pela transbordante afirmação de amor à vida e à literatura. Comove pela naturalidade com que reparte teu mundo conosco. É um cântico sobre lutas - lutas tão sérias - e vitórias. Vou guardá-lo na especial prateleira das confissões que me tocam”.
Os comentários são de Carlos Jorge Appel, editor e ensaísta, constituem uma pequena resenha: “Que bom que tens fôlego, disposição, vitalidade e, além disso, uma memória assombrosa para, num ziguezague constante, num vaivém de épocas de eventos e de fatos, nos contares como foi tua infância na Ilha, adolescência em Brusque — onde nasci e vivi até os 16 anos —, a tua formação acadêmica nas décadas de 60/70/80, a vivência nos bons tempos da UFRGS, o cinema, a literatura. Aí chegou a ducha fria do fim das ilusões: primeiro, o golpe de 1964; em seguida, o AI5, a censura, as prisões, as lutas clandestinas, Lamarca, as guerrilhas e, por fim, lá adiante no túnel em que nos colocaram (colocamos?), as diretas já dos senhores Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Pedro Simon, Chico Buarque, Brizola — e nós. Li rapidamente as tuas 382 páginas de Cerrado — Desterro — volume I, memórias. Consegues nos reimergir numa época dura, de muita luta e persistência para sobreviver em meio à choldra. E, o mais importante, conseguiste construir a tua obra e perfizeste uma trajetória sólida de ficcionista e de poeta. Continua: tuas memórias também são nossas. Precisamos do teu testemunho”.
“Cerrado Desterro” foi publicado pela Thesaurus Editora, de Brasília.
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