terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Caçapava, a capital farroupilha

O ponto final da viagem dista apenas 63 km de Lavras. Em meus tempos de criança, quando a ligação ainda era por estrada de terra, os times de futebol de Lavras, o Vasco da Gama e o time do Ginásio Estadual, quando iam disputar partidas em Caçapava costumavam seguir na boléia de um caminhão. Junto com meia dúzia de apaixonados torcedores. Caçapava do Sul foi a segunda Capital Farroupilha. Durante a Revolução Farroupilha (1835-45) algumas cidades foram capitais da separatista República Rio-grandense. A primeira capital foi Piratini e Caçapava a segunda, quando acolheu os rebeldes farroupilhas durante 14 meses a partir de fevereiro de 1839. A última capital foi Alegrete.

A economia de Caçapava do Sul está baseada na mineração. A cidade é responsável pela produção de mais de 85% do calcário produzido no Rio Grande. Antes mesmo de chegarmos ao perímetro urbano visitamos a Pedra do Segredo, uma das muitas atrações geológicas da região. O local ainda não dispõe de infra-estrutura, embora alguma coisa já esteja em construção. O acesso à Pedra é íngreme e muito difícil. Requer, além de uma alma de aventureiro, muita disposição física.

A Pedra do Segredo

Na cidade, o principal atrativo turístico são as ruínas do Forte Dom Pedro II, único forte militar da região Sul, construído para garantir a permanência portuguesa. O município ainda possui vários locais próprios para o chamado turismo de aventura. Entre as diversas formações geológicas a mais famosa é Guaritas, considerada uma das sete maravilhas do RGS. Guaritas foi cenário do filme “Anahy de las Misiones”. Pela sua distância da cidade e por conta do nosso tempo disponível foi um roteiro que não pôde ser realizado.

As ruínas do Forte Dom Pedro II

Caçapava foi o ponto final de nosso roteiro conjunto. De lá minhas irmãs retornaram a Pelotas enquanto eu seguia para Porto Alegre, de passagem para Gravataí.

Nenhum comentário: