O crédito às pessoas é indispensável. O passeio foi idéia de minha irmã Ila Maria, pesquisadora da área de engenharia agrícola, que se encarregou das fundamentais reservas de hotel, onde houvessem. Iara Maria tomou conta brilhantemente da infra-estrutura logística: transporte terrestre e seus complementos, como água, sucos, biscoitos e providenciais remédios para as emergências. Regina Berenice foi a relações públicas, cuja memória prodigiosa facilitou os contatos com parentes e conhecidos. Álvaro, marido de Ila, foi o complemento conjugal, e sua filha Paula, estudante de jornalismo, a responsável pelo registro fotográfico e documental, o que permitiria dar um fio condutor aos relatos e causos posteriores. Como diz um personagem de Juan José Morosoli, contista uruguaio, “as viagens começam depois que a gente chega”, descoberta que fez uma vez que foi a Montevidéu e, na volta, quando começou a contar sua viagem aos outros se deu conta de que aquilo que tinha visto era uma coisa bárbara. Em Pelotas, Iara e seu marido Júlio foram anfitriões incansáveis que se desdobraram em atenção; e Eneida, cunhada por parte do irmão que não pôde comparecer, nos recebeu amavelmente na casa de sua filha, Landa Taís. Em Lavras, Tia Geny e a profa. Irma foram de uma gentileza imensa, assegurando-nos acolhida calorosa. Ambas donas de memória privilegiada. A profa. Irma sabe de cor poesias que eram ensinadas aos alunos na década de 50, como “Independência ou Morte”, de Dom Aquino Correia. O texto completo da poesia pode ser encontrado em http://www.antoniomiranda.com.br. Aí, clicar em Portal de Poesia Íbero Americana – Poetas de A a Z. Dom Aquino está indexado pela letra “d”. Tia Geny, entrevistada pela equipe da RBS sobre Mister Bosch, por saber tudo o que aconteceu na cidade em todas as épocas, agrega à simpatia e ao bom-humor a qualidade de ser uma torcedora fanática do Grêmio Porto Alegrense, possuindo discos comemorativos sobre suas conquistas e até um raríssimo microondas de cor azul. Dr. Nézio Munhoz, advogado já mencionado, nos atualizou com informações sobre o contexto das últimas décadas e deu as interpretações de que necessitávamos para compreender o momento atual.
Para completar o relato, um obrigatório registro sobre os amigos. Em Pelotas, Lucas, professor da universidade federal e intelectual local, ofereceu um jantar magnífico, produção artística de Maria Helena, sua mulher. Outra manifestação gastronômica de peso foi a propiciada por Eduardo Aydos, ensaísta, escritor prolífico e professor universitário aposentado, e sua esposa Regina, na fazenda do casal, no município de Gravataí. O queijo de búfalo servido era de fabricação doméstica, produto de uma fazenda especializada na criação de gado bubalino. A refeição de despedida, igualmente primorosa, foi oferecida pelo prof. Tavares e sua esposa Élida, em Porto Alegre. Compartilho com eles a não menos importante circunstância de ter encontrado na vida uma grande mulher.
Assim foi... O roteiro termina aqui. De tudo dou fé
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