sábado, 9 de julho de 2011

O LADO NEGRO DA FORÇA


O lado negro da Força, como sabe qualquer aficcionado pela série “Star Wars” de George Lucas, é o reino das emoções negativas, alimentado por sentimentos sombrios como raiva, inveja e principalmente ódio. Foi a danação do Lorde Darth Vader. Nascido Anakyn Skywalker, juntou-se ao lado negro da Força para tentar salvar sua esposa Padmé Amidala, que em seus pesadelos morreria durante o parto dos filhos.

No Rio Grande do Sul, um ícone do lado negro da Força foi Artur Arão, tropeiro, contrabandista e que cometeu toda espécie de atrocidade. Além de ter participado da revolução de 1930, combateu em diversas insurreições no Brasil, andou por províncias argentinas e integrou as forças paraguaias na Guerra do Chaco, esteve no Exército brasileiro e depois virou fora da lei. Sua trajetória lendária começou com uma série de mortandades para vingar o assassinato de seu pai. Considerado bandido por uns e herói por outros, viveu de tal modo que é o melhor exemplo do espanto de Martin Fierro, quando descobre que “ser gaucho es un delito”.


A saga de Artur Arão foi preservada por Ludovico Meneghello., que escreveu a respeito quatro títulos: Eu Sou Artur Arão, Artur Arão o Vingador, Artur Arão na Guerra do Chaco e A Volta de Artur Arão. O primeiro da série, Eu Sou Artur Arão, teve uma primeira edição pela Editora Garatuja, em 1976. A segunda edição, junto com os demais títulos, foi pela Editora Sulina. Atualmente são encontrados somente em sebos e, pela sua raridade, a custo bastante alto. O quinto livro da série, Artur Arão no Paraíso dos Bandidos, encontra-se inédito. Ludovico Meneguello faleceu antes de conseguir publicá-lo e seu filho tem encontrado alguma dificuldade para viabilizar  a publicação. Trata da morte de Arão Arão. Por assassinato.


    
Ludovico Meneguello
Ludovico Meneguello nasceu em Lavras do Sul. Morava na rua Antonio Dias da Costa, perto da Igreja de Santo Antonio, mas longe de Deus. Era de pouquíssimo convívio social. Meu pai foi um dos seus raros amigos na cidade. Funcionário da Estação Hidráulica, tinha dificuldades para manter sua família. Na busca de um ganho extra, fabricava uns brinquedinhos de madeira que seu filho vendia. Era um sujeito visivelmente amargurado. Depois que deixou Lavras, foi para Nova Prata, onde veio a falecer, já na condição de gerente da Companhia Riograndense de Saneamento.

Em 1936, com 19 anos de idade, cabo no 4º Regimento de Cavalaria Independente, em Santo Ângelo, Ludovico Meneghello foi preso por insubordinação. Teve Artur Arão como companheiro de cela. Ao saber que o recém chegado produzia umas poesias, Artur Arão dispôs-se a contar sua vida, “para então saberes, tu e os que te lerem, que foi revoltando-me contra o banditismo que me tornei um fora-da-lei”.

Ludovico pegou a oportunidade na hora, mandou um soldado comprar duzentas folhas de papel e no mesmo dia começou a anotar os depoimentos. Conta: “Ouvi acusações terríveis e a confissão de crimes tenebrosos. Não raro íamos até altas horas da noite, ele falando, eu escutando e escrevendo. Por vezes tornava-se violento: esbravejava, erguia-se de um salto e dava um pontapé na cadeira, esmurrava as paredes, sacudia as grades, espezinhava o chão e blasfemava, dizendo coisas horríveis. Eu, papel à frente e lápis em punho, aguardava serenamente que passasse a crise”. Graças à dedicação e ao empenho de Ludovico salvou-se o registro precioso de uma personalidade singular.


Meneghello tornou-se um profundo admirador de Artur Arão: “contestador da ordem social de seu tempo, foi um relâmpago na história, guiado pela vindita. Intrépido, em defesa da família e dos direitos humanos, foi um fanal numa época de terror”. Fanal, aí no depoimento, significa farol, um guia, portanto, em sentido figurado. Em carta ao meu pai, escrita de Nova Prata em julho de 1978, Meneghello fala de sua obra: “O 3º livro – Artur Arão na Guerra do Chaco – eu o reputo como o mais fascinante de toda a série. É, sem nenhum favor, uma Obra grandiosa; para confirmação das narrativas, custou-me pesquisas profundas, com viagens à Argentina e Paraguai”.

A infância

Artur Arão nasceu no povoado de Giruá, município de Santo Ângelo, em 1904, e chamava-se Artur Alberto de Mello. Seu pai era Pedro Alberto de Mello, conhecido como Pedro Arão. Sua mãe, Francelina Dornelles, foi a segunda esposa de seu pai, mas união consensual não registrada em cartório. Pedro Arão nunca tomou providências legais para encerrar seu primeiro casamento após separação por desentendimentos.

Dos oito aos onze anos de idade, Pedro Arão morou com a avó paterna em uma chácara do seu avô e perto da fazenda de seu pai. Quando voltou para a casa do pai foi para a escola: “Eu gostava de estudar, principalmente ler e escrever. Foi um tempo bom, em que uma grande serenidade de apoderou de mim”. Um dia trocaram sua velha professora por uma jovem de dezoito anos. Artur Arão já estava com quatorze e começava a sentir coisas estranhas, uns calorões pelas pernas, principalmente quando via as formas arredondadas de uma guria. Com a professorinha o calorão aumentou, passava do umbigo, tomava conta dos peitos e subia pra cabeça. Um dia, durante a aula, ela parou perto de sua carteira para sabatinar uma aluna quando seu lápis caiu no chão. Ao se curvar para apanhá-lo o vestido subiu. “Um chuveiro desceu-me pelo céu da boca, vi tudo vermelho... e avancei”. Pegou a professorinha à unha. No mesmo dia seu pai recebeu um ofício do colégio, comunicando a expulsão de Pedro Arão “por princípios indecorosos”. Foi consultar o dicionário de sua casa para saber que se tratava de “falta de decoro, de compostura”. O episódio mostra que sua família não era composta apenas por brutos em estado puro. Dispunham de dicionário, o que não era comum, e Artur Arão sabia que o livro era capaz de resolver suas dúvidas de entendimento.


O episódio fez o pai perceber que havia chegado a hora de uma conversa de homem para homem e lhe aconselhou: “Mas não é como fizeste que se consegue mulher. Existem três maneiras de consegui-las: conquistando-as, alugando-as ou obrigando-as. A última não é aconselhável, constitui crime previsto em lei e a própria consciência humana não aprova”. Depois de ter levado o garoto para sua iniciação em um bordel, enfatizou: “Esta é a maneira mais rápida e prática de se conseguir uma mulher, mas a que nos proporciona maior prazer é aquela em que a conquistamos com palavras ou com atos”. Disse tudo.

Como era comum na época, Artur Arão estudou apenas o suficiente para se virar na vida: ler, escrever e fazer contas. Manteve o gosto pela leitura. Preferia os “Almanaques”, pela riqueza de informações. E chegou a decorar várias poesias de Lobo da Costa, poeta muito popular na época.

 Artur Arão é o da esquerda 
 
Homem feito

Apreciava cachaça com açúcar. Misturava com o que estivesse à mão: uma colherzinha, o lápis do bolicheiro ou então o cano do revólver, quando queria deixar bem explícitas as suas intenções. Caso alguém se interesse em experimentar esta fórmula do aperitivo é recomendável não fazê-lo ao ar livre. Deixado no chão, em menos de um minuto o copinho fica coalhado de formiguinhas, atraídas pela conjunção de dois produtos derivados da cana-de-açúcar.


 
 Artur Arão em seu cavalo

Quando não estava na propriedade da família, dedicado aos afazeres agrícolas e pecuários, sobrevivia com os trabalhos típicos de qualquer gaúcho: conduzia tropas, trabalhava na marcação de gado, etc. Se a situação estivesse muito difícil, atuava como contrabandista. Nestas ocasiões, “para comer não tinha cerimônia: quando via um animal no campo, cortava o arame, abatia-o a tiros, assava um churrasco ali mesmo, colocava outro debaixo dos pelegos e a marcha continuava”. Praticamente morava em cima do cavalo e dentro do seu poncho. Dispondo de dinheiro, ao invés de café da manhã nos bolichos pedia bifes acebolados.

Na batalha

Na sua primeira experiência militar, em 1926 apresentou-se como revolucionário civil, junto com seus companheiros, ao 5º Regimento de Artilharia do Exército, em Santa Maria. Artur Arão foi logo incorporado como 1º Tenente. Ele descreve seu uniforme: “ficamos com uma indumentária bizarra: chapéu de abas largas, lenço vermelho no pescoço, túnica de oficial e de sargento do Exército, bombachas e botas. Afinal, esse era o traje típico dos revolucionários do sul”.

Como o Exército não fornecesse praticamente nada, os recursos para a guerra tinham que ser angariados aonde fosse possível encontrá-los, requisitando-se da população civil o necessário: cavalos, arreamento, gado para abastecimento da tropa, armas, enfim tudo. Deu estas instruções para seu peão, transformado em ordenança. Este cumpriu a missão com muito zêlo e entusiasmo. Voltou com um sorriso maroto. - “Eu não imaginava, antes, como é bom uma revolução!” Artur Arão pediu esclarecimentos.  - “Uma vez roubei um cavalo lá em Santiago do Boqueirão e a polícia inteira me caiu no lombo. Agora roubei muitos e fui tratado com respeito pelos roubados. Roubei cinqüenta arreios e tirei pra meu uso um bordado a ouro e prata, e os soldados ainda me fazem continência e dizem: ‘Às ordens, cabo Benedito!’ Chulépe minha madrinha, a revolução liberta mesmo um homem!”

Este depoimento tem semelhança com trecho já citado aqui no blog: a postagem “Obras da Literatura Gauchesca”, de 15/04/2008. Don Menchaca, comissário de polícia em Puntas del Arrayán Chico, no Uruguai, considerava que não havia nada mais lindo do que “ir a disfrutar de la guerra, que es la mallor de las fiestas tradisionales para los bástagos de nuestro suelo natibo, ya que en ella se pueden carnear bacas gordas y montar cualisquier caballo ajeno sin que le bengan a uno com reclamasiones los dãnificados, como acontece por desgrasia en épocas de paz”. A citação é retirada de “Los partes de Don Menchaca”, de Simplicio Bobadilla, Libreria Blundi, Montevidéu, 1965, 3ª ed. Ou seja, gaúcho, no Rio Grande do Sul, no Uruguai, na Argentina ou no Paraguai, é tudo igual.


 Artur Arão e a Moeda de Prata: 
http://dudakeiber.blogspot.com/2010/03/arao-e-moeda-de-prata.html

Voltando à saga de Artur Arão: nos combates, a degola fazia parte da ordem do dia.  Tornou-se praxe, de ambos os lados em contenda, exigir que o prisioneiro, antes de ser degolado, se despisse. Para que não sujasse de sangue a roupa. A roupa era sempre espólio do degolador. Havia uma certa racionalidade no procedimento. Com a necessidade de carregar armamentos, o cavalo não podia ser sobrecarregado com pesos extras. Obviamente, a roupa de reserva para trocar era a mínima possível, quando existia.

Quem tiver curiosidade sobre as modalidades de degola que consulte o livro “O Fascínio”, de Tabajara Ruas, Editora Record, 1997. Nele encontra-se uma descrição do que ocorre com o corpo em função da elevada perda sanguínea. Artur Arão, no entanto, preferia o enforcamento em suas vinganças.

Artur Arão enveredou definitivamente pelo lado negro da Força para vingar a morte de seu pai, que, escondido na Argentina para fugir de perseguições, foi denunciado, morto e esquartejado. Cego de ódio, partiu para executar sua vingança: “o cinturão amarelava com duas fileiras de balas, um revólver calibre 38 e um 44, ambos caídos um tanto baixos. Atravessada na frente a longa adaga com cabo de prata e, pendurada do lado esquerdo, uma faca curta de caçador. O cavalo aparelhado de tudo, da guampa à cambona e do laço às boleadeiras. Pendurados, um em cada lado da cabeça do serigote, dois rolos de corda. Ao lado do cavalo, no lado direito, num suporte de couro sob os pelegos, com a coronha para trás, um fuzil”. Os rolos de corda destinavam-se aos enforcamentos. Resumindo: não sobrou ninguém dos assassinos de seu pai.

O dia em que Artur Arão não morreu

O episódio mais conhecido da saga de Artur Arão foi quando sobreviveu a um fuzilamento e uma execução. Perseguido, foi preso quando atingido por um tiro que lhe quebrou o braço. Foi levado para execução, quando ao enforcamento preferiu o fuzilamento. O pelotão, com os soldados já meio bêbados, acertou-lhe seis tiros no corpo. Que não foram suficientes para matá-lo. Ia receber o tiro de misericórdia, no ouvido. Com a pouca luz da lua e com o executante também já meio bêbado, Artur Arão teve o tino de mover discretamente a cabeça e tirar o cano do fuzil de seu ouvido, fazendo com que ficasse na altura do lobo da orelha, para desviar a trajetória da bala de seu cérebro. A estratégia deu certo, o tiro não acertou nem o cérebro nem seus tímpanos, pegou no “carrilho”, isto é, na queixada, na mandíbula. Foi dado como morto. Sobreviveu, baleado, com um braço inerte e todo empapado de sangue. Em condições precaríssimas começou a se arrastar, o que não lhe levaria a parte alguma. Levantou-se com muito esforço, dava uns passos, caí, levantava, caía outra vez. Calcula que levou umas quatro horas para percorrer aproximadamente um quilômetro. Encontrou uma casa onde realizavam um baile. Conseguiu chegar lá e seu aspecto terrível fez todo mundo debandar. Conseguiu entrar em um quarto e ali desabou. Quando acordou, estava em um hospital, onde tinha permanecido em coma por 18 dias. Passou três meses em tratamento e mais um de recuperação.

 Durante sua recuperação

Depois de ter recuperado a condição física, aparentemente sem pesadas seqüelas, foi atrás de seus algozes e exterminou todos. Daí em diante participou de muitas peripécias, uma das principais sendo o seu envolvimento na Guerra do Chaco, no Paraguai, quando recebeu o apelido de “Comandante de Hierro”.

O episódio do seu fuzilamento está representado abaixo, em quadrinhos produzidos pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre:






O episódio foi também musicado. A música “O dia em que Artur Arão não morreu”, de Gujo Teixeira e Sabani Felipe De Souza, ganhou o 6º Festival Cante Uma Canção em Vacaria, realizado em 2008, na interpretação de Cristiano Quevedo. Taí:


GujoTeixeira compôs também “A Vingança de Artur Arão”, junto com Marcelo Paz Carvalho e Antonio Carlos Soares, apresentada em 2010 no 25º Carijó da Canção Gaúcha, realizado em Palmeira das Missões. A interpretação é de Antonio Carlos Soares e Clênio Bibiano da Rosa.



Isto posto, leiam os livros e não “os livro”, concordância, ou falta de, aceita em “Por uma vida melhor”, obra aprovada pelo MEC dentro do Programa Nacional do Livro Didático e distribuída para diversas escolas. E vejam o filme. Ainda não filmaram, mas com certeza algum dia vão filmar.



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Post Scriptum Confessional

Uma ocasião fiz um desses cursos que pretendem auxiliar a planejar, a organizar, administrar etc. e tal. Um dos professores contou que quando esteve na Alemanha, realizando treinamento, a primeira pergunta que lhe fizeram foi sobre seu percentual de acerto. Isto é, em que proporção ele tomava decisões certas. Embora a pergunta pareça ter sua importância, é coisa de difícil dimensionamento empírico: acerto só em decisões, digamos, comerciais ou empresariais? Todas as decisões da vida? Além disto, quem faz este tipo de contabilidade: acertei duas vezes, errei três? E o próprio cidadão sabe bem avaliar quando acertou e quando errou? Enfim, isto remete ao fato de que existem eventos singulares na vida de uma pessoa que de certa forma passam a ser o grande referencial de sua vida. Assim é, por exemplo, com relação à escolha da profissão ou com relação ao cientista que descobre um tema importante que vai investigar pelo resto de sua carreira.

O encontro com Artur Arão foi o grande evento significativo da vida de Ludovico Meneghello. Ele soube perceber na hora que aquilo era uma coisa importante quando Artur Arão se dispôs a lhe contar sua vida. A partir daí é bastante provável que a existência cotidiana de Meneghello nunca mais tenha sido a mesma. Constituiu família e coisa e lousa, mas narrar a vida de Artur Arão passou a ser o seu grande projeto visionário.

Da mesma forma, acredito que o meu grande evento significativo foi o casamento. O acerto foi tão grande que consegue superar todos os erros sistemáticos que venho cometendo ao longo da vida, com muita tenacidade, diga-se. Pelo menos são os mesmos erros. Suponho que isto seja uma atenuante, pior seria, creio, cometer erros novos. Como diz a música de Chavela Vargas, “En el ultimo trago”: “Nada me han enseñado los años /  siempre caigo en los mismos errores / otra vez a brindar con extraños / y a llorar por los mismos dolores”. Canções de Chavela Vargas aparecem em filmes de Almodóvar. Quem preferir uma versão mais recente da mesma música escute a interpretação de Concha Buika, de 2008, cujo disco “En el ultimo trago”, com a participação de Chucho Valdés, é uma homenagem explícita a Chavela Vargas. Para finalizar, cumpre registrar que fui muito beneficiado pela inexistência de Procon quando casei. Isto inviabilizou a possibilidade de minha esposa alegar “propaganda enganosa”.



-oO)(Oo-

16 comentários:

Ila disse...

Figuras muito interessantes, Arão e Meneghello.

Rosamaria disse...

Relato perfeito, personagens interessantes, como disse a Ila, mas o que gostei foi do PS e saber do teu grande evento significativo. Acredito que o meu tenha sido o mesmo.
Um abraço.

Raimundo Tadeu disse...

Realmente a história de Artur Arão é incrível e os personagens são muito interessantes. Com certeza daria um ótimo filme e as duas músicas apresentadas têm méritos para fazer parte da trilha sonora. Mas, o melhor de tudo mesmo é tirar a sorte grande na loteria do casamento! Parabéns pela bela narrativa, pelo grande evento significativo de sua vida e, principalmente, por você reconhecer o significado desse evento em sua vida.
Tentei postar como comentário mas não consegui. Abraços,
Maria Edirlene Costa.

Carlos Renato B.da Silva disse...

Parabéns pelo resgate da pessoa de Ludovico Meneghelo.Fui muito amigo de seu filho Acreano, falecido com 5 ou 6 anos em Lavras, razão de sua amargura. O nome era uma homenagem ao território do Acre r anexado ao Brasil pelas mão de Plácido de Castro (Gabrielense conterrâneo de Meneghelo). Brinquei muito com pequenos palhaços coloridos pendurados em barbantes que executavam divertidas cambalhotas.

Paulo Bonfanti disse...

Gostaria de dar os meus parabéns pelo excelente resumo da obra de Ludovico Meneghelo, sou Giruaense e tenho toda a obra da história de Artur Arão, uma história fascinante mas pouco conhecida pela maioria dos gaúchos...
Fiquei surpreso como comentário acima pois vi um episódio de histórias extraordinárias onde Acreano estava presente contando a história de seu pai e Arthur Arão, gostaria muito que o ultimo livro desta saga fosse publicado!

Anônimo disse...

Também li os livros, que são de meu estimado pai, hoje com 85 anos. Aliás, meu pai espera muito esta última publicação, pois, quando guri, conheceu Artur Arão e alguns dos personagens descritos e está, assim como eu, na expectativa dessa nova e derradeira narrativa. Que na minha opinião deve ser publicada em respeito à História e a Homens como meu pai. Att. Romeu(Santa Rosa).

Amauri de Almeida Pinto disse...

Parabéns pelo artigo. Tenho grande interesse por esse personage. Há algum tempo busco pela internét informação sobre assunto, pois a única fonte que tenho é aqueles velhos "causos" contados de boca em boca, e, como ainda não tive a felicidade de achar algum exemplar dos livros em algum sebo (coisa que aida não desisti de procurar) foi muito bom matar um pouco mais da curiosidade sobre a história com o teu texto. Mais uma vez parabéns.

Maristela Bitencorte disse...

Olá! Parabéns pelo resumo da história. Fiquei sabendo a pouco sobre os livros, meu pai sempre me contava as histórias de meu tio avô, e saber que tem livro escrito foi realmente surpresa. Já encontrei 2 exemplares, mas estou c/ dificuldades em conseguir os outros. Mais uma vez, parabéns!

Valdir Cemin disse...

Relato perfeito. fiquei fascinado com a leitura do livro:Eu Sou Artur Arão. Tenho comprado Artur Arão, O vingador. Porém gostaria de adquirir os outros volumes: A volta de Artur Arão e Artur Arão na guerra do Chaco.
Se alguém souber... me avise.

Anônimo disse...

Sou bisneto do Cel. Raimundo Gomes neto, mencionado num dos livros da saga. Segundo a minha mãe, o coronel era amigo da família e padrinho de um dos filhos de Pedro Arão, que foi brutalmente assassinado por opositores políticos, e seu corpo jogado no Rio uruguai, o que teria transtornado o jovem Artur Arão e gerado os sentimentos de ódio e de vingança, intensificados após a absolvição dos suspeitos do crime em juri realizado na capital do estado. Desde criança ouvi muitas histórias que envolveram este personagem missioneiro. Caso real dígno de um filme baseado nos escritos de Ludovico Meneghelo.
Ass. Flavio

Anônimo disse...

Alguma coisa desse relato eu ja conhecia, mas é mais interessante do que eu imaginava.

Unknown disse...

A foto onde ele aparece em seu cavalo, o senhor que está junto segurando a rédea do animal é meu bisavô. Sandra R. MAssalai Gomes

Filipe disse...

Capítulo violento e apaixonante da nossa história. Ótimo texto.

andre vianna Montesuma disse...

Muito interessante tua publiçao,artur arão era meu tataravô,minha bisavó filha dele reside em guarani das missões hoje com 99 anos, muitas histórias são contadas MS creio q teu artigo seja a mais rica em verdades, mto obrigado por divulgar e resgatar essa história que pra mim é de um grande heroi

Artur Mello disse...

Conheço uma boa parte da historia do lendário Artur Alberto de Mello o Artur Arão,
Artur Arão era irmão de meu avô Julio Alberto de Mello o Julio Arão, conheço uma filha do Artur Arão a Maria Arão que mora em Canoas RS e tenho todos os livros com a historia do meu tio avô Artur Arão e falar sobre ele é algo que me fascina...
att/ Artur Mello.

Unknown disse...

Oi Artur, me chamo Graziella. O meu irmao tambem e Arthur, so que com H. Minha e sobrinha neta de Artur e minha vo e sobrinha direta, por sinal filha de Pedro Alberto de Mello. Minha as vezes fala e conta historias de seu tio, que para ela era um heroi e foi muito amado apesar dos extras. Bom saber que estamos tao perto mesmo longe.