segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lugares Comuns

Emanuel Medeiros Vieira

“O tempo é a substância de que sou
feito. O tempo é um rio que me
arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre
que me destroça, mas eu sou o tigre;
é um fogo que me consome, mas eu
sou o fogo.” (Jorge Luis Borges)


Queríamos Ser:
restou-nos o irreconhecimento.
Em que armazém ficaram os sonhos?

Entulhos da resignação.
Sempre desenraizados no caminho,
sem guarda-chuva, exilados em todas
as estações.
Nossos eixos são sempre hierárquicos.
O que fazer de todas palavras:
só os iniciados querem saber delas.

Então, partimos.
Para sempre partimos.

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