A recente campanha para a Prefeitura de São Paulo introduziu no debate político o questionamento sobre a condição familiar de um dos candidatos. É casado? Tem filhos? Para evitar dúvidas, alguns cronistas têm feito suas declarações a respeito, como o Affonso Romano de Sant’Anna. O dono deste blog entra na corrente: é casado e tem filhos.
O filhão, Lauro Antonio, com Márcia Cristina e Bárbara Christina (Babi)
Babi, desfilando sua graça
Aos dois anos e quatro meses, Babi, a alegria da casa, encontra-se em pleno processo de descoberta do mundo. Dia destes, experimentou pastel pela primeira vez. Ficou maravilhada: “tem comidinha dentro”.
A filhota, Laura Isabel, com dois gatos tem direito a exposição dupla. O felpudo chama-se Thomas e o quadro ao fundo foi pintado por sua mãe (dela)
E aí com João, ás do cross country
Estabelecendo-se na carreira
Márcia com sua afilhada Camila.
Por conta das obrigações familiares, Márcia, minha mulher, começou no Piauí sua trajetória de madrinha. O ápice aconteceu em Brasília, quando à condição de avó agregou também a de madrinha de Babi. “Vó dinda”, portanto. Mas, na capital já tinha antecedente como “dinda”: ela também é madrinha de Camila, filha de Lilian, professora da Universidade Católica de Brasília, e de Henrique, ínclito chileno. Camila freqüenta, desde pequenininha, a chácara da madrinha. No início do ano esteve com sua mãe nos Estados Unidos. Os familiares de lá programaram uma viagem a Orlando, na Flórida. Um sobrinho antecipou o roteiro: “vamos pra Disney”. Camila corrigiu: “Não é Disney, é Dinda, nós vamos pra casa da Dinda”.
Pois, pois...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Natal
Emanuel Medeiros Vieira
O menino mítico não submerge,
inunda-me: natal.
Ele contempla um presépio imemorial,
espreita a eternidade.
Natal:
oferendas, rei mago, missa do galo:
o menino está em paz.
O menino mítico não submerge,
inunda-me: natal.
Ele contempla um presépio imemorial,
espreita a eternidade.
Natal:
oferendas, rei mago, missa do galo:
o menino está em paz.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
“O Pão” da Padaria Espiritual
No disco “Berro”, de 1976, duas músicas do cantor Ednardo possuem referências literárias: “Padaria Espiritual” e “Artigo 26”. Trechinho de “Padaria Espiritual”: Nessa nova padaria espiritual / nessa nova palavra de ordem geral / eu faço o pão do espírito / e você cuida do delito / de comer, de comer. Padaria Espiritual foi uma confraria literária cearense que existiu no período de 1892 a 1898. Era uma “sociedade de rapazes de Letras e Artes [com a finalidade de] fornecer pão de espírito aos sócios em particular e aos povos em geral”. O “pão de espírito” consistia no jornalzinho “O Pão”.
Em “Artigo 26” (que trata do direito à instrução na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU) Ednardo descreve o processo de distribuição do jornalzinho: Lá vai o padeiro / entregando o pão / de casa em casa / naquela não. “Naquela não” porque certamente os rapazes da Padaria Espiritual teriam muitos desafetos.
Segundo o artigo 2º do Estatuto da Padaria Espiritual: “A Padaria Espiritual se comporá de um Padeiro-Mór (presidente), de dois Forneiros (secretários), de um Gaveta (tesoureiro), de um Guarda-livros na acepção intrínseca da palavra (bibliotecário), de um Investigador das Coisas e das Gentes, que se chamará Olho da Providência, e demais Amassadores (sócios). Todos os sócios terão a denominação geral de padeiros”.
Como todo bom tema cultural, a Padaria Espiritual é objeto de produção acadêmica. De forma não exaustiva podem ser citados: “O pão... da padaria espiritual”, dissertação de mestrado da Regina Cláudia Pamplona Diniz, apresentada à UFRJ; “O Pão... da Padaria Espiritual e sua produção crítica”, dissertação de mestrado, UNESP; “A Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará”, tese de doutorado de Rafael Sânzio de Azevedo, UFRJ; além do livro “Padaria Espiritual: biscoito fino e travoso”, de Gleudson Passos Cardoso.
Entre os colaboradores de “O Pão” o “eminente poeta e querido consócio” Raimundo Correia. Além de crônicas, o poeta nele publicou poesia dedicada a uma Anarda, musa de ocasião. Não teve ter sido fácil encontrar inspiração com um nome desses.
Em 1982, em uma iniciativa admirável, a Universidade Federal do Ceará conseguiu localizar todos os exemplares da coleção de “O Pão” e os publicou em uma edição fac-similar. O Reitor era o Prof. Paulo Elpídio de Menezes Neto. Se mais não tivesse feito, só por isto merecerá, oportuno tempore, um conjunto de benefícios: green card celestial, de validade eterna, asas tamanho GG e um harpa americana da Lyon & Healy, consideradas as melhores do mundo (deste).
Paulo Elpídio recentemente publicou “inconfidências@indeletáveis.com.br - os deslizes dos outros (e os nossos também)”. Editado em Fortaleza: Imprece/Oficina da Palavra. Segundo o próprio autor, as histórias do livro “mais se assemelham a uma escuta clandestina (...), de cujas revelações desfrutará o leitor o prazer de compartilhar comentários e insinuações indiscretas, malévolas, até, sobre tudo e todos”. Muito melhor do que qualquer Big Brother. Apresentando a obra, Lustosa da Costa dá conta de que, com testemunho fotográfico, lançou exemplar do “Anuário do Ceará”, de que era um dos editores, ao rio Sena para que os conterrâneos soubessem do primeiro lançamento de um livro seu em Paris.
Portanto, reitero a recomendação: ouça o disco, leia o livro. Que livro? Bem, qualquer um é melhor do que nenhum. Não encontrou o do reitor? Então leia Emanuel Medeiros Vieira. Possui cerca de 20 títulos, entre livros de contos e de poesia. Finalizando: este blog não é imparcial. Aos amigos, tudo. Aos inimigos, o rigor das críticas literárias.
Em “Artigo 26” (que trata do direito à instrução na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU) Ednardo descreve o processo de distribuição do jornalzinho: Lá vai o padeiro / entregando o pão / de casa em casa / naquela não. “Naquela não” porque certamente os rapazes da Padaria Espiritual teriam muitos desafetos.
Segundo o artigo 2º do Estatuto da Padaria Espiritual: “A Padaria Espiritual se comporá de um Padeiro-Mór (presidente), de dois Forneiros (secretários), de um Gaveta (tesoureiro), de um Guarda-livros na acepção intrínseca da palavra (bibliotecário), de um Investigador das Coisas e das Gentes, que se chamará Olho da Providência, e demais Amassadores (sócios). Todos os sócios terão a denominação geral de padeiros”.
Como todo bom tema cultural, a Padaria Espiritual é objeto de produção acadêmica. De forma não exaustiva podem ser citados: “O pão... da padaria espiritual”, dissertação de mestrado da Regina Cláudia Pamplona Diniz, apresentada à UFRJ; “O Pão... da Padaria Espiritual e sua produção crítica”, dissertação de mestrado, UNESP; “A Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará”, tese de doutorado de Rafael Sânzio de Azevedo, UFRJ; além do livro “Padaria Espiritual: biscoito fino e travoso”, de Gleudson Passos Cardoso.
Entre os colaboradores de “O Pão” o “eminente poeta e querido consócio” Raimundo Correia. Além de crônicas, o poeta nele publicou poesia dedicada a uma Anarda, musa de ocasião. Não teve ter sido fácil encontrar inspiração com um nome desses.
Em 1982, em uma iniciativa admirável, a Universidade Federal do Ceará conseguiu localizar todos os exemplares da coleção de “O Pão” e os publicou em uma edição fac-similar. O Reitor era o Prof. Paulo Elpídio de Menezes Neto. Se mais não tivesse feito, só por isto merecerá, oportuno tempore, um conjunto de benefícios: green card celestial, de validade eterna, asas tamanho GG e um harpa americana da Lyon & Healy, consideradas as melhores do mundo (deste).
Paulo Elpídio recentemente publicou “inconfidências@indeletáveis.com.br - os deslizes dos outros (e os nossos também)”. Editado em Fortaleza: Imprece/Oficina da Palavra. Segundo o próprio autor, as histórias do livro “mais se assemelham a uma escuta clandestina (...), de cujas revelações desfrutará o leitor o prazer de compartilhar comentários e insinuações indiscretas, malévolas, até, sobre tudo e todos”. Muito melhor do que qualquer Big Brother. Apresentando a obra, Lustosa da Costa dá conta de que, com testemunho fotográfico, lançou exemplar do “Anuário do Ceará”, de que era um dos editores, ao rio Sena para que os conterrâneos soubessem do primeiro lançamento de um livro seu em Paris.
Portanto, reitero a recomendação: ouça o disco, leia o livro. Que livro? Bem, qualquer um é melhor do que nenhum. Não encontrou o do reitor? Então leia Emanuel Medeiros Vieira. Possui cerca de 20 títulos, entre livros de contos e de poesia. Finalizando: este blog não é imparcial. Aos amigos, tudo. Aos inimigos, o rigor das críticas literárias.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Diferenças de gênero
Repassei vídeo com Rita Pavone, aos 63 anos, cantando “Fortissimo”.
Comentário de uma colega:
- Continua com aquele tremidinho na voz.
Comentário de um colega:
- Está gostosa!
Comentário de uma colega:
- Continua com aquele tremidinho na voz.
Comentário de um colega:
- Está gostosa!
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