terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Bagé, a terra do Analista (II)

No início dos anos 60 o Colégio Estadual, onde fiz o curso científico, era o centro do meu mundo. Alguns dos nossos extraordinários professores: o solene prof. Petrucci, a simpática profa. Silvinha, a figuraça do prof. Contreiras, o afável prof. Avancini. Nosso professor de educação física, Vaguinho, sempre com um cronômetro na mão costumava usar um bordão para movimentar nosso bando de indolentes: “correndo curtinho, para sair mais cedo”. Chegou a técnico do Guarani de Bagé, motivo para nós de imenso orgulho. Acompanhávamos atentamente suas explicações sobre estratégia e os critérios para escalar a equipe. Na época, o principal jogador do Guarani era Max, o centro-avante. Mas foi no estádio do Grêmio Bagé, de camisa jalde-negra, que disputei um torneio início estudantil. Os colegas de colégio: Carlito, nosso decano, dono de um coração imenso, ajudava todo mundo; Déa, extravagante, exagerada, regredia nervosamente quando seus fantasmas apareciam; Jesus, que pretendia ser médico; Terciopelo, goleiro do nosso time, apelidado assim por alusão a Veludo, da Seleção Brasileira, queria ser militar, como o pai. Cadê Sebastião Barbosa, vindo diretamente do interior e de singeleza e bondade incomparáveis? As meninas: Tânia Karam, exuberante; Francisquinha, criada por família rica e de cabelos cor de ouro; e as duas Veras, uma era nossa inteligente líder estudantil (tempos da Juventude Estudantil Católica), a outra vivia permanentemente atormentada. Aonde estarão, seus sonhos foram alcançados, constituíram família, têm filhos?

Mas a van já estava pronta para uma nova partida.

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